"Ser marxista é, antes de mais nada, ser anticapitalista, ou seja, lutar pela construção de uma sociedade sem classes, que suprima a exploração do homem pelo homem e a propriedade privada dos grandes meios de produção, criando condições para que as relações entre os homens sejam fundadas na solidariedade e não no egoísmo do mercado. Claro, ser marxista não é repetir acriticamente tudo o que Marx disse. Marx morreu há cerca de 120 anos e muita coisa ocorreu desde então. Mas, sem o método que ele nos legou, é impossível compreender o que ocorre no mundo. Ele nos disse que o capital estava criando um mercado mundial, fonte de crises e iniqüidades, e nunca isso foi tão verdadeiro quanto no capitalismo globalizado de hoje. Falou também em fetichismo da mercadoria, na conversão do mercado num ente fantasmagórico que oculta as relações humanas, e nunca isso se manifestou tão intensamente quanto em nossos dias, quando lemos na imprensa barbaridades do tipo 'o mercado ficou nervoso'." (Carlos Nelson Coutinho)

sexta-feira, 29 de junho de 2012

A IMPORTANCIA DA POLÍTICA

"No universo da política, que tanto interfere em nossa vida cotidiana, as palavras andam perdendo o significado. Falsidades, mentiras e demagogia habitam o “pântano enganoso das bocas” de muitos dos que foram eleitos para representar a população: vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores e presidente da República. Devíamos andar com um aparelhinho que, a qualquer afirmação nebulosa ou pouco compreensível, acionasse uma gravação pedindo explicações: “mas o que Vossa Excelência quer mesmo dizer com isso?” A solicitação de esclarecimentos poderia se estender a autoridades do Judiciário que vendem sentenças e enriquecem ilicitamente... (...) Os politiqueiros e ladrões do dinheiro público, que “entram na política” (bancados por altos financiamentos de campanha) para conquistar prestígio, poder, aumento irregular de patrimônio e reprodução de seus próprios mandatos, têm um sonho dourado: que cada vez mais gente se desinteresse por suas atividades. Assim eles podem reinar sozinhos, sem incômodos. Uma máxima dos tempos atuais é... despolitizar a política, torná-la um assunto de entendidos, ou apenas de entediados, distantes das coisas boas da vida. Esta deseducação tem funcionado: na democracia brasileira, cujo direito de voto em todas as instâncias foi duramente conquistado por gerações de cidadãos dedicados, o desinteresse e o desencanto são crescentes. Virou rotina o “deixa pra lá que nada adianta”. Essa alienação induzida nos levará à ruína!" (Chico Alencar - deputado federal pelo PSOL/RJ)

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